sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Um Conto controverso...



- Durma bem Luara.
- Boa noite pai. Até amanhã.
Como de costume, depois de botar sua filha para dormir, Ricardo foi assistir ao telejornal de Brasília.
O jornal já tinha iniciado, mas a matéria que Ricardo queria ver estava prestes a começar:
- Estamos na companhia do astrônomo Hermam Schnaider, para responder algumas curiosas questões na nossa entrevista.
Dr. Herman, qual a sua explicação sobre os dois astros que se encontram no céu desde 3º feira à noite? - Perguntou a jornalista.
- Creio que se trate apenas de dois meteoritos.
Mesmo possuindo um porte razoavelmente grande, não apresentam risco algum. O material desse tipo de meteorito sempre se queima quando adentra na atmosfera terrestre. - Respondeu o ciêntista. E prosseguiu. - É bom, nesse momento, acabar com certos rumores que surgiram recentemente relacionados à esses dois meteoritos... Podemos afirmar que não se trata de cometas, meteoros, satélites desativados e muito menos de naves espaciais! - Completou com risadinhas.
- Vamos acompanhar imagens exclusivas desses meteoritos do observatório estadual! - Disse a jornalista também contagiada pelas infames risadinhas.
- Nossa! Tenho a ligeira impressão que eles estão se movimentando! – Comentou agora com um tom mais sério.
-Isso se deve à poeira atmosférica, que...
-Não! Eles estão realmente se movimentando, estão caindo!
-Imagino que isso se expli...
Ricardo escutou um estrondo como um trovão.
Confuso, percebe que sua filha entrou na sala. Então desligou rapidamente a televisão.
- Pai, não consigo dormir... Eu escutei um barulho! Fica comigo?
- Está bem, mas você tem que acordar cedo amanhã, tem que dormir logo!
Ele acompanhou Luara até o seu quarto, a pôs para dormir e ficou lá até ela adormecer.
Foi para sala e voltou a ligar a televisão:
- Podemos ver o movimento da polícia e dos bombeiros na zona sul do Jardim Botânico. - Informa a repórter.
Ricardo ficou assustado, por ele morar praticamente ao lado do jardim botânico. Por sorte não causou nenhum dano a sua casa.
- Peritos dizem que foram encontrados sinais de queimaduras nas árvores, e rastros no chão, mas não encontraram nenhum meteorito, a causa da queima das folhas ou do barulho - Diz a repórter.
Ricardo ficou apreensivo sobre a situação de sua irmã, Rafaela, que também mora próximo de onde ocorreu o acidente.
Desligou a televisão e pegou o telefone. Tentou ligar mas estava sem sinal. Então resolveu ir até a casa de sua irmã e averiguar o que realmente tinha acontecido naquela noite...
- Lú, acorda! Temos que ir visitar a tia Rafa!
- Mas por quê? - Retrucou Luara.
- Levanta logo e bota um casaco!
Ricardo estava com sua filha no colo e o molho de chaves do carro na mão. Aproximava-se da porta quando escutou a campainha...
"quem será a essa hora? Talvez seja minha irmã", pensou.
- Filha, vai pro seu quarto e me espera lá, ok?
Ela abriu a porta e deu de cara com uma criança muito esquisita de aspecto envelhecido, rugas e uma coloração acinzentada.
E perguntou:
- Quem é você? O que quer?
Muda, a criança com seus olhos arregalados e sem expressão encarava Ricardo enquanto a porta por tráz dele se fechava lentamente.
Luara, já no seu quarto escutou seu pai gritar. Então correu até a varanda.
Ao virar no corredor viu seu pai do lado de fora. Estava partindo de mãos dadas com uma criança. Notou que e porta estava se fechando. Então correu ainda mais rápido mas a porta se fechou antes que ela pudesse chegar.
Luara não conseguiu abri-la, parecia que tinha sido trancada.
Batia na porta e gritava:
- Pai! Pai! Abra a porta!
A porta começou a vibrar intensamente. Uma luz vermelha passava pelas suas frestas de um lado para o outro enquanto um zombido insurrecedor atacava os ouvidos de Luara.
O barulho foi aumentando a medida que a luz acelerava.
Essa luz vermelha era capaz de iluminar o cômodo todo por baixo da porta.
Todo esse caos derrepente foi substituido por um silêncio aterrorizante e a luz vermelha cessou. Nesse instante Luara conseguiu abrir a porta. Mas viu que na varanda não tinha nada nem ninguém. Apenas as folhas secas sendo arrastadas pelo vento daquela fria madrugada de outono.

Erik Barros

3 comentários:

  1. Uma viagem e tanto...pena que que o meteorito tenha caído em Brasília...e velhinho todo enrugado...seria o pai ?
    Faiçal

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  2. uhm..boa heim..é penso eu que provavel esse meteorito e nada mais que a aproximaçao de indignaçao dos ets..se eh que me entende..pra quem acredita neh..o velho enrugado absorveu o pai!:D

    stephanie.;*

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  3. Ficou legal, mas o pai deve ter ido apenas na irmã dele, né :P

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