Estou no meu berço, distraído com meu bonito móbile pendurado sobre minha cabeça.
Entregando-me pouco-a-pouco ao sono que chega sorrateiramente, me guiando a caminho dos meus belos sonhos.
Acordei sob ressaltado ao escutar a barulhenta chagada dos meus pais. Ponho-me a chorar.
Minha nana se despediu dos dois, tentando não interferir na discução, mas eles não responderam. Então ela saiu rapidamente pela porta.
Meus pais trouxeram uma grande quantidade fumaça com eles. Que se espalhou rapidamente pela casa.
Apoiado nas grades de meu pequeno berço, me levantei com certa dificuldade e fico em pé, só com a cabeça fora do alcance das grades. Choro mais alto para chamar atenção deles. Mas eles me ignoram e continuam gritando e discutindo. E eu observava pela minha porta:
- Você não devia ter dito aquilo! - Gritou minha mãe.
- Pelo amor de deus, você me envergonha na frente dos meus amigos! Sua louca, só fala merda! Eu não preciso disso...
- Você acha que eles são realmente gostam de você? Só estão com você pelo seu cargo! Eu sou a única que sempre está do seu lado!
- E que grande ajuda você me traz!
- Ah é? Vamos ver então como você se vira sem mim!
- Ah é? Vamos ver então como você se vira sem mim!
Vejo uma fumaça negra saindo da boca dos dois. Parece que fica mais espessa a cada frase pronunciada por cada um.
Grito para chamar a atenção dos dois. Estava disposto a gritar a noite toda.
Esgotado caí sobre meu travesseiro com muita dor de garganta e adormeci.
Esgotado caí sobre meu travesseiro com muita dor de garganta e adormeci.
- Bom dia joão lucas! - Meu pai me acordou com um carinho no cabelo.
Me pegou no colo e carregou até a cozinha, onde me sentou na cadeirinha.
Observava os arredores da casa, o teto estava todo enegrecido, e a casa com um cheiro amargo. Olhei sobre os ombros do meu pai, vi uma concentração de fumaça sobre ele.
- Olha o bocão!
Percebo ainda, que quando fala, sai um resquício de negro bafo de sua boca.
Abri a boca. Estava realmente muito fraco e com fome.
Olhei para a colher vindo em minha direção e vi minha comida escura com um cheiro insuportável. Então fechei a boca rapidamente e virei a cara. A comida sujou meu rosto. Meu pai me deu uma bronca e me forçou a ingerir o venenoso alimento.
Estava no quarto brincando com meus bonecos e fiquei triste ao lembrar de uma coisa. Hoje, eu não vi minha mãe o dia todo.
Fui engatinhando até a sala e puxei a calça de meu pai.
- Mamãe!
Meu pai me pegou no colo e disse melancolicamente:
- Meu querido... Mamãe viajou. Não volta mais.
Não compreendi o que meu pai quis dizer, mas pude sentir pela sua voz um sentimento de abandono. Meus olhos se encheram de lágrimas, mas não o suficiente para transbordar.
Nesse momento toda a fumaça escura e fétida engrossou e caiu lentamente sobre nós, se espalhando agora pelo chão.
Meu pai foi me colocar ao chão novamente mas eu me agarrei a ele. Estava com muito medo de descer. Mas não pude impedi-lo de me botar ao chão.
Fui o mais rápido possível para meu quarto e subi no meu berço, tentando não respirar a fumaça. Com a cabeça sobre meu travesseiro caí em um sono sono profundo.
Acordei com um beijo. Meio desacordado, vi com os olhos entreabertos a imagem embaçada uma pessoa me dando às costas e partindo.
Fechei novamente os olhos, poucos segundos depois, acordei definitivamente muito assustado sentindo um cheiro tão ruim que parecia corroer meu nariz.
Aquela fumaça estava pairando em volta do meu berço. Pude ver, meu pai abraçando mamãe, que tinha uma enorme marca roxa no olho.
Aquela fumaça estava pairando em volta do meu berço. Pude ver, meu pai abraçando mamãe, que tinha uma enorme marca roxa no olho.
A visão de meus pais e o resto do meu quarto pouco a pouco estava ficando mais distante. Tudo foi escurecendo cada vez mais. A fumaça havia envolvido meu berço todo!
Vejo ela se aglomerando e formando um corpo de uma figura sinistra com um longo sobretudo preto e um capuz que cobria seu rosto.
Senti um arrepio e arregalei meus olhos ao escutar sua voz grossa e tenebrosa ecoar pela escuridão.
-Olá, bebê!
Tão grande era o horror que sentia que mal conseguia me mexer ou ainda mais gritar.
A figura assustadora foi se desmanchando lentamente e caindo sobre meu leito.
Estava se aproximando de mim, e envolvendo minhas pernas, subindo bem devagar. Perdi a vontade de gritar, fiquei com muito sono e dormi.
Quando acordei, levei um susto! Percebi que o mesmo personagem de antes ainda estava presente no meu quarto, em frente ao meu berço, me encarando com seus olhos escuros e penetrantes.
Chamei pelo meu pai ao berros.
Quando apareceu disse:
- Oh, querido. Parece que teve um pesadelo!
Me pegou no colo e me carregou até a cozinha tranquilamente. Meu pai não o-viu!
Me pegou no colo e me carregou até a cozinha tranquilamente. Meu pai não o-viu!
Dei um abraço apertado em meu pai, e uma lágrima escorreu pela minha bochecha. Motivo de risadas da tenebrosa criatura.
Erik Barros
Parabéns, curti pacaramba a história, alguma coisa nela me lembre supernatural, ficou original e inspirada em algo sem parecer cópia, parabéns
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