domingo, 16 de outubro de 2011

Da teoria à prática

Tentam me convencer que preciso de muitas coisas para ser feliz. Eu discordo, penso que a única coisa realmente necessária é a boa relação consigo mesmo e com os outros. De início, parece pouco. Contudo se reflectirmos mais sobre isso, veremos que pode ser simplesmente complicado.
É uma teoria. Portanto eu só a comprovarei de fato, segundo o método científico, se realmente abandonar os confortos que tenho em casa e vivenciar essa experiência sem excessos.
Primeiramente eu deveria trabalhar de alguma forma para me sustentar (o que nem isso eu faço pelo fato de ainda viver às custas dos meus pais). Afinal, tenho necessidades como qualquer outro ser humano e não gosto da idéia de viver de doações.
Depois, seria nescessário desenvolver aquela relação boa comigo mesmo (que no meu caso ainda é uma relação intrincada, cheia de traumas e complexos da infância e adolescência). Como posso conviver bem com todas as outras pessoas? Não preciso nem dizer o quanto isso é complicado, digo até impossível, se eu ainda nem conquistei um relacionamento saudável com o meu próprio eu.
Talvez apenas Buda, Jesus e outros poucos tenham vivenciado essa "verdadeira felicidade".
Esse ideal parece distante e utópico, mas eu só saberei se é possível alcançá-lo se tentar, dar início à essa árdua caminhada em busca de respostas. Descobrir quem eu realmente sou, de onde vim e para onde vou.
Começo essa jornada aqui e agora, do jeito que eu puder, fazendo o que estiver ao meu alcance. É isso que os idealistas fazem, correm atráz de um sonho.
Fico imaginando o dia em que realizaria essa proeza, se eu o fizer. Porque você sabe, as coisas mudam, meus valores podem mudar, assim como minhas metas. Mas talvez eu consiga, ou você, quem sabe?

Erik Schnabel

Mídia, Arte e Entretenimento

A arte é sempre um reflexo da sociedade e seus ideáis. Por sua vez a mídia é o reflexo do controle que o estado ou modelo econômico dominante exerce sobre a circulação de informações.
Podemos observar uma inversao de valores absurda, seja no populismo dos governos, sensasionalismo dos jornais ou na superficialidade de obras que passaram a ser apenas entretenimento. Tudo para moldar uma realidade onde quem esta no poder possa perpetuar sua influência.
Política do pão e circo na Roma antiga para distrair o povo; Bandas pop e programas de televisão vazios para nos alienar nos dias de hoje;
Muitos "artistas" famosos na verdade não passam de meros "falsificadores do sentimento" ou "formadores da opinião pública".
A arte existe para que possamos expressar a nossa individualidade, identidade e visão de mundo. Mas como dinheiro, fama e reconhecimento através da arte são consequências do empenho e originalidade presentes no trabalho, alguns preferem recorrer a uma receita moldada pelo gosto popular sem acrescentar uma pingo de emoção.
Sabemos que os senhores feudais precisavam de servos obedientes, ignorantes e trabalhadores. Por isso faziam uma verdadeira lavagem cerebral nos camponeses atravez da doutrina eclesiástica. Podemos fazer um paralelo com a atualidade, os grandes empresários capitalistas e a necessidade de uma legiao de consumidores alucinados.
No fim, percebemos que quase tudo e movido pelo lucro e poder. No fim, dessa mesma forma, quase tudo se sustenta apenas em principios fugazes e superficiais. Até o dinheiro vai embora em algum momento, pois assim como tudo que é material, ele se desintegra.
Contudo sempre vai existir dentro nós um pouco de inspiração. Aquilo que nos torna humanos e nos liga com o que há de mais transcendental. Algumas vezes escondida, apertada em algum cantinho. O que todos tem, mas cada um revela de uma forma diferente.

                 "Arte, a marca da nossa essência imortal."


Erik Schnabel